terça-feira, 23 de agosto de 2011

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No cair da noite,
deitada em minha cama
me ponho a pensar,
olhando para o branco gélido do teto.
A cama parece tão grande,
então agarro o travesseiro
e penso você.
Durante o dia,
o coração não cobra tanto tua presença,
mas quando chega a noite
e não posso te ter comigo,
ele aperta dolorosamente,
e o único consolo é escutar tua voz me dizendo:
Boa noite meu amor, durma bem, e fique com Deus.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Até depois que parar...

Quando o sentimento de raiva passa 
é que paro para analisar a situação, 
assim funciona a cabeça de uma ariana.
Sempre saem coisas não pensadas,
apenas jogadas.
A impulsividade está lado - a - lado conosco.
Da mesma forma que a raiva chega,
ela passa,
rapidamente.
Percebo que no final de tudo nós somos iguais.
Afinal de contas,
arianas se entendem no final.
Sabe aquele sentimento?
Ele volta, do mesmo jeitinho, 
na mesma intensidade.
Pra que explicar?
Ninguém vai entender mesmo.
Nem nós.
Só se sente o coração tum-tum
a bater.
Mais ainda dura...


...até depois que parar de bater.

sábado, 20 de agosto de 2011

Insônia

Aos poucos já consigo ouvir os pássaros cantando
a luz já entra pelas frestas de minha janela
mais um dia está por vir,
mas por enquanto,
vou me preparando pra dormir.
Bom dia.


Kika Monteiro



Espelho


Quem é essa pessoa que hoje vejo quando meu ponho diante do espelho?
Quem é você?
É o que por vezes me pergunto.
Em que pessoa se transformou aquela menina carinhosa com todos que gostava de abraçar, e ser abraçada, de beijar a bochecha de todos e ser querida por isso.
Onde fora parar a morena "cor de jambo" que adorava cantar, dançar e nadar na piscina do clube.
Lembro - me dos esporros que levei de vovó quando saia para a rua para brincar no meio dos meninos, já que as histórias de minhas Barbes já se tornavam repetitivas e chatas.
Pique - esconde, pega - pega, bandeirinha, garrafão, queimada, elástico, amarelinha era as brincadeiras preferidas.
Essa menina, já crescida,  um dia descobriu o amor, o primeiro. Sofrera bastante, pois não foi correspondida, mas como amava, e seu amor era puro, fez o que pode para fazer a pessoa amada feliz, mesmo que isso lhe custasse certa dor. Por ironia do destino, em outra ocasião, um tanto quanto diferente, ela teve que abrir mão de seu sentimento em prol da felicidade alheia.
O tempo passou, entraram e saíram pessoas de sua vida, algumas lhe trouxeram muita alegria, outras nem tanto assim. Cada uma delas acabou levando consigo um pedaço daquela menina sapeca e faceira. Sua inocência, meiguice e verdade foram sendo transformados nessa mulher que vejo no espelho.
Mas no fundo de seus olhos, por vezes marejados de lágrimas, ainda pode - se encontrar a menina dos cachinhos de boneca e pezinhos tortos, que ainda tem fé em Deus e esperança de conseguir realizar seus sonhos.




* Busque no seu coração
   A certeza de vencer
  Não há nada neste mundo
  Impossível pra você


 - Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam
(A Hora da Estrela)
                                                                                                                                                                                   Xeirinhos ;*

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Amar...apenas amar.

Não sei o que aparenta ser
talvez uma simples angústia, mas não sinto alegre meu ser.
Apenas sinto - me.
Talvez triste, magoada, sem carinho.
Sinto- me desabrochar e morrer.
Nenhum mal ou doença aparente, 
apenas o fatal desprezo e renúncia.
Sentimentos que ferem e matam, 
de saudade, de solidão.
Não fico só, há várias pessoas ao meu redor.
Mas na solidão do coração
no lugar que fora ocupado, agora vazio
jaz um coração solitário e carente de afeto.
Apenas afeto, não importa o modo como lhe é dado.
Por teu amor, por tua amada amiga, somente amor.
Meu coração tão sombrio,
que se dá aos poucos com tanta sinceridade e ternura, 
um dia espera a retribuição de amar.
E se triste é esse meu destino, amar, amar e amar...
Amarei até o fim.
E a ti, somente e sempre direi...
TE AMO.


                                                            Kika M.  (28.08.2004)